sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Lua


Ela é pequena e estável,
Atraída pelo azul brilhante,
Em tempos vulnerável,
Pelo calor abundante.

Rumores de uma separação difícil,
Marcada na pele pela dor,
De forma determinada e subtil,
Ela gira em seu redor.

Mas o tempo passa e nada se altera,
Nem mais afastada nem mais próxima,
Ela olha para a sua esfera,
Como se fosse sua vítima.

Mas existe alguém que a faz corar,
Iluminado toda a sua fisionomia,
E ela nunca deixa de aproveitar,
Toda essa alegria.

Como se vestisse para a ocasião,
Ela mostra todo o seu fulgor,
Solicitando ao azul a sua afeição,
Estimulando o sentimento cobiçador.

Na presença de bom amigo,
Tudo parece favorável,
Conforto de um abrigo,
Onde tudo é justificável.

Atracção vale mais que calor distante,
Estimulo surge da insignificância,
E do nada abundante,
Sofre-se de arrogância.

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